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A maioria das pessoas, têm altos e baixos. 

Sabe aquela sensação de viver em uma constante montanha-russa? Pois é, infelizmente meus dias são mais ou menos assim. 

Têm dias que estou no topo e ninguém será capaz de me impedir de fazer o que eu quiser. Parece que posso conquistar o mundo e realizar tudo o que desejo. Sou poderosa, indestrutível, produtiva e criativa! Sinto prazer ao fazer qualquer tarefa. 

Contudo, começa a queda. Não é uma queda gostosa, com direito a frio na barriga. Não é uma queda que você tirará proveito e ganhará aprendizados. Na verdade, ela é dolorosa, angustiante, parece que nunca mais vou conseguir subir novamente. Toda aquela cor, ânimo e prazer desapareceram. 

Sem explicação volta a subir e da mesma forma volta a descer. Nesse ciclo vicioso segue os meus dias. Acredito que nunca vou me acostumar com isso, na verdade, a vida não era pra ser assim, porém, ela é. 

Apenas me esforço em respeitar o meu tempo, respeitar o meu corpo e minha mente. Assim a guerra dentro de mim se torna mais leve e eu consigo ao menos sobreviver a esses altos e baixos. 

Não é fácil. 

Tenho que estar me observando constantemente. No começo, eu me sentia uma prisioneira tendo que me policiar, entretanto, agora que se tornou um hábito já não é tão ruim. 

Somente paro e tento entender o porquê de eu sentir ou pensar daquela maneira. Nem sempre chego a uma resposta, porém, apenas por parar e me observar já consigo me acalmar. 

Até nos dias de subida me observo. Sabe aquele pico de energia que faz você pensar que pode escrever um livro em um dia e ainda sobrará tempo para lavar, passar, cozinhar, limpar, caminhar? Tenho de me policiar para não gastar todas as energias em um único dia, caso contrário, o desanimo chega sem ser convidado. 

O medo da descida aparece nos dias que estou no alto. Percebo isso rápido para mudar o pensamento, caso contrário, começo a descer lentamente. 

No entanto, positiva como sou, sei que dias bons sempre virão e os abraçarei com muito amor. Sigo nessa montanha-russa infinita, apenas desejando aproveitar ao máximo o topo e que a descida passe rápido.