A vida invisível de Addie LaRue — Resenha

19 de abril de 2022 - Regiane Silva

Livro: A vida invisível de Addie LaRue.

Livro: A vida invisível de Addie LaRue

Autora: V. E. Schwab;

Editora: Galera

Publicado em 2020

Páginas: 502

Dividido em 7 partes.

Nota: 5 estrelas. ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: França: 1714. Addie LaRue não queria pertercer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos.

Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre ― apesar de fadada ao esquecimento ― até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo.

Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz.

Ele enuncia cinco palavras.

Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo:

Eu me lembro de você.

Um livro aberto, uma floresta ao fundo, representando o mundo escondido dentro do livro.

Resenha:

O mais triste ao finalizar um livro é que sentirei falta das personagens me fazendo companhia em minhas tardes e noites. É dessa maneira, com o coração apertado, que me senti ao finalizar a história da Addie.

Addie abre mão de ser reconhecida pelas pessoas que mais ama ao fazer um pedido aos deuses da noite. Ela não sabia as consequências, e de um jeito destorcido, Luc dá a ela o desejo atendido de poder ser livre. Era apenas isso que Addie queria: ser livre para fazer o que quisesse, para viver do jeito que quisesse.

Addie tornou-se uma amiga. Conheci tantas coisas através dela. Viajei o mundo, identifiquei-me com suas esperanças e vontades.

A cada capítulo terminado, sentia-me voltando de uma viagem. Nova York me parecia tão real, podia até sentir os cheiros do lugar.

Conhecemos a história de Addie através do tempo. Os amores, os amigos, a família, tudo que foi ficando para trás conforme o tempo passava e ela não envelhecia.

Além de viver para sempre, Addie também não consegue falar o próprio nome, nem contar sua história. É esquecida a cada virar de dia, não podendo construir laços com ninguém. Até que Henry se lembra dela. É aí que tudo começa para Addie.

Todas as personagens dessa história são muito bem construídas. Sentirei falta do Luc, do Henry, da Bea, mas do Robbie, não, ele era muito chato.

Essa história deve ser lida em diferentes fases da nossa vida. Sinto que se tivesse lido esse livro um ano antes, teria me identificado de outras maneiras, e aposto que daqui a um ano, quando o ler novamente, ele será diferente para mim.

É um livro que me fez debulhar em lágrimas nos capítulos finais. Acho que nunca me identifiquei tanto com uma personagem como foi com Henry. Eu me via nele em cada parágrafo.

Confesso que desejava um final diferente, mas foi tão perfeita a maneira como tudo decorreu, que fiquei satisfeita.

Essa é a coisa mágica nos livros. Não importa como terminem, eles me farão sonhar com finais diferentes e suspirar com os finais oficiais. E eu amo isso.

Caderno aberto em uma mesa, escrito Quotes.

“Adeline se sente cada vez mais ancorada aos sonhos, prendendo-se à esperança insistente de que há algo mais.” (p. 33)

“Ela descobriu que os livros são uma maneira de se viver milhares de vidas diferentes – ou de encontrar forças para viver uma muito longa.” (p. 34)

“O rapaz tem muitas raízes, enquanto ela tem apenas galhos.” (p. 240)

“Eles olham para você e veem o que querem ver… Porque nunca veem você como realmente é.” (p. 323)

“Às vezes, a vida pode parecer muito longa, mas, no fim das contas, passa rápido demais.” (p. 486)

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Foto Regiane Silva Regiane Silva

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