Em busca de quem eu sou

3 de abril de 2021 - Regiane Silva

Gustavo Ranieri disse no artigo “A criança dentro de nós” da revista Vida Simples: “As cartas, desenhos e outros achados da infância guardam as provas do menino ou da menina que um dia fomos. Esse resgate nos ajuda a retomar nossa rota quando nos sentimos perdidos”.

Quando li isso fiquei pensativa sobre as lembranças que tenho da infância e adolescência.

Ao longa da minha vida, destruí todos os cadernos e agendas que usava para desabafar ou para anotar ideias e sonhos, acreditando que assim estaria me reinventando. Eu tinha certeza de que ao fazer isso aquela garota deixaria de existir e uma nova nasceria.

Eu nunca fui o suficiente para mim, não gostava de quem era e precisava estar em constante mudança. Hoje eu entendo que o problema não estava na minha essência e sim na necessidade de agradar a todos. Não me encaixava e me sentia um fardo enorme na vida de todos.

Por ser muito espontânea e agitada, vivia recebendo olhares reprovadores por atitudes que tinha inconscientemente, me fazendo reprimir desejos e sonhos ao ponto de chegar em um determinado momento e não saber quem eu era.

Agora, após anos agindo de uma maneira específica, corro atrás do prejuízo em busca de quem sou de verdade. Nesse processo de descoberta do meu verdadeiro eu, descobri coisas sobre mim que nem imaginava e está sendo muito gostoso.

Ainda não vivo uma verdadeira relação de amor comigo mesma, porém, aprendi a respeitar meus limites e aos poucos coloco em prática a palavra “não”, algo que antigamente nem pensava em dizer a alguém. Não preciso agradar a todos, não preciso cumprir protocolos sociais se não farei de coração.

Chega de forçar mudanças! Abracei meus aprendizados e agora olho apenas para o presente. Não me importa o que tem no futuro.

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Foto Regiane Silva Regiane Silva

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