Escrever é um prazer tão grande quanto ler. Gosto de entrar na minha mente e criar um mundo novo, vivenciar experiências por meio de personagens, conhecer lugares novos e viajar por eles sem sair de casa. É como ler um livro, só que quem cria toda a experiência sou eu.
Nem sempre escrevo de modo saudável. Tem vezes que fico obcecada com minha história, pois diálogos pipocam em minha mente de uma hora para a outra. Nesse instante, preciso correr e anotar, porque geralmente as primeiras ideias são as melhores, depois só vou lapidando, fazendo melhorias aqui e ali. No entanto, nunca posso perder a primeira ideia.
É divertido e cansativo criar uma história nova. A empolgação é combustível para me movimentar e me fazer escrever, porém, quando falta ideias para preencher as lacunas, o cansaço bate. Isso é normal em qualquer tarefa. Na escrita, entretanto, será refletido todo o meu estado de espírito, meu humor, meus sentimentos profundos; tudo sairá naquele momento, no qual me sento para me derramar no teclado.
Quando bate o bloqueio criativo, provavelmente, as próximas coisas que escreverei serão voltadas para momentos de angústias ou tristezas, pois é assim que me sinto quando não consigo escrever. Todas aquelas sensações serão colocadas em palavras, nem que eu precise criar uma situação não programada, para meu personagem sofrer um pouquinho.
Embora eu goste de decidir o que os personagens farão, são sempre eles que tomam conta de suas vidas. Há momentos, nos quais estou com uma ideia pronta para uma cena, em que o personagem simplesmente decide não me obedecer e toma outro rumo. Geralmente é um rumo melhor do que o que eu queria para ele. Então eu o deixo decidir.
Atualmente, estou trabalhando em uma nova história. Está sendo tão gostoso escrevê-la que nem quero ver quando acabar, pois ficarei triste. Apesar de não ver a hora de escrever o tão esperado FIM, uma parte minha quer prolongar os momentos com os personagens. Eles são pedacinhos meus, cada um deles, é como dar adeus a um amigo.
Tenho respeitado meu processo de escrita nessa nova história. Não surtei quando não consegui escrever, respeitei meus momentos e minha saúde mental. Até agora tem dado tudo certo, e a história está fluindo tão bem.
Cheguei ao plot twist, estou bem no ápice. Para minha surpresa, não sei como continuar um capítulo. Escrevi seu início e final, mas o meio está empacado. No entanto, está tudo bem, uma hora as coisas vão se desenrolar. Acho que isso aconteceu porque inseri um novo personagem. Ainda não o conheço muito bem, preciso saber o que exatamente ele foi fazer na história, qual seu propósito e por que sua chegada foi tão importante.
Sentarei uma hora apenas para destrinchar essas questões. Provavelmente o capítulo fluirá após isso.
Escrever me permite ser quem eu sou, mas também me permite ser tantas personalidades diferentes. É o mesmo que ter muitas vidas em uma só. Diferentemente de quando leio, sentindo e sofrendo com o que está ali nas páginas, ao escrever, preciso me colocar no lugar do personagem e me perguntar: O que eu faria se estivesse naquela situação?
Ser uma autora de romances, contos e fantasias é viver uma vida mágica. É se permitir sonhar sem medo. É saber que existem tantas vidas diferentes e que posso viver cada uma delas.
Resumindo: escrever é ter a magia nas pontas dos dedos.
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