Livro: P.S. Eu te amo
Autora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
A primeira publicação foi em 2003
Páginas: 368
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐ estrelas.
Sinopse: Gerry e Holly eram namorados de infância e ficariam juntos para sempre, até que o inimaginável acontece e Gerry morre, deixando-a devastada.
Conforme seu aniversário de 30 anos se aproxima, Holly descobre um pacote de cartas nas quais Gerry, gentilmente, a guia em sua nova vida sem ele. Com ajuda de seus amigos e de sua família barulhenta e carinhosa, Holly consegue rir, chorar, cantar, dançar e ser mais corajosa do que nunca.
Resenha:
“Se Holly soubesse que o tempo que eles teriam juntos seria tão curto e precioso, não teria repetido aquela rotina tediosa todos os dias…” (p. 250)
Pegue uma caixinha de lencinhos, uma boa xícara de chá e se acomode no sofá para entrar nessa história de apertar o coração.
Assisti ao filme há muito tempo e sempre tive curiosidade de ler o livro. Lembro-me de ter chorado horrores com o filme e não esperava menos dessa obra. Fiquei desidratada da primeira a última página.
No entanto, hoje, quando assisti novamente ao filme, após a leitura, percebi como eles estragaram uma história tão linda. Por favor, não assista ao filme, ele é cheio de mensagens erradas e não tem nada a ver com o livro.
Holly é a personagem mais humana que li. Ela é imperfeita, e isso me fez criar muita empatia por ela e não a julgar. É impossível não se identificar com os pensamentos, sentimentos e situações nas quais ela se mete durante a leitura.
Ninguém espera perder o amor da sua vida antes dos 30 anos. Infelizmente, isso acontece com Holly, que perdeu o marido (sua alma gêmea desde seus 15 anos).
É doloroso ver como ela está desorientada e sem esperanças. Sua vida girava em torno de Gerry, ela contava com ele para tudo, e agora teria de fazer tudo sozinha, lidando com a dor do luto que parece não ter fim.
Mas Holly não está sozinha. Sua família, barulhenta e maluca, dá o apoio que ela precisa. Eu amei ver o desenvolvimento de sua relação com eles, principalmente com Richard, o irmão mais distante dela. Suas amigas Denise e Sharon também são uns amores, sendo as poucas que ficaram ao lado de Holly naquele momento.
No entanto, Gerry também estava com ela. Após prometer que faria uma lista de passos que Holly precisaria dar caso ele morresse, Gerry ajuda a esposa a sobreviver.
Mesmo debilitado, ele escreveu mensagens a Holly, surpreendendo-a e reafirmando seu amor por ela. A cada mês, Holly abre uma carta e tem de cumprir os pedidos de Gerry, como: enfrentar seu medo de karaokê, comprar o abajur que causava muitas discussões entre os dois antes de dormirem, se desfazer das coisas dele, arrumar um emprego que ela goste etc.
Essas cartas fazem Holly se sentir como se Gerry não tivesse ido embora. São tão úteis a ela, que sozinha não teria conseguido sair da depressão em que estava entrando.
P.S. Eu te amo é uma história linda, na qual vemos a evolução de Holly. Tudo nela muda após a morte do marido, mas ela muda para melhor, graças à ajuda dele.
Para mim, esse livro é 5 estrelas.
Seu melhor amigo havia morrido e ninguém compreendia que nem toda a maquiagem, o ar fresco e as compras do mundo preencheriam o vazio em seu coração. (p. 9)
Normalmente, ela saía dos jantares com Gerry e, ainda que não estivesse com ele, voltava para casa e para ele. Mas isso não aconteceria naquela noite, nem na seguinte e em nenhuma outra. (p. 46)
P.S. Eu te amo, Holly, e sei que você me ama. Você não precisa de minhas coisas para se lembrar de mim, não precisa guardá-las como prova de que eu existi ou de que ainda existo em sua mente. Não precisa vestir minhas blusas para me sentir perto; já estou aí… sempre abraçando você. (p. 101)
Holly, mesmo na companhia de amigos, se sentia sozinha; em uma sala com mil pessoas, ela se sentiria sozinha. Mas principalmente quando estava em sua casa silenciosa, sentia mais solidão. (p.207)
Ah, as maravilhas do chá mágico. A solução para todos os probleminhas da vida. Se tem uma fofoca, prepara um chá, se é despedido, prepara um chá, se seu marido conta que tem um tumor no cérebro, você toma um chá… (p. 214)
Você pode celebrar o amor que teve em vez de se esconder dele. […] Lembre-se de nossas lindas lembranças, mas, por favor, não tenha medo de criar outras. (p. 311)
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