Resenha literária — Minha vida de menina, Helena Morley

21 de julho de 2021 - Regiane Silva

Capa do livro Minha vida de menina de Helena Morley

Sabe aquele livro que você lê várias vezes e não se cansa? Minha vida de menina é esse livro.

Helena Morley, pseudônimo de Alice Caldeira Brant, deixou de presente aos netos seus diários de quando tinha 13 – 15 anos publicados em um livro para lhes mostrar a diferença da adolescência deles com a simplicidade da sua época.

Com uma linguagem leve e simples, Helena nos faz sentir suas melhores amigas ao nos contar tudo o que acontece com ela e seus vizinhos em Diamantina — MG. Uma garota muito divertida e sincera que vive entre a simplicidade da vida de seus pais ao luxo da vida dos familiares ingleses que mantinham os costumes do país natal.

Apegada a avó, me identifiquei com ela em várias ocasiões e amei a riqueza de detalhes narrados por ela que teve o incentivo do pai para escrever sempre em seu diário, como as garotas inglesas faziam.

Helena não se encaixava no mundo britânico, preferia viver descalça correndo com os amigos, falando o que vinha na cabeça e se divertindo mesmo recebendo olhares reprovadores por ser uma garota agindo como um moleque.

Fatos históricos são citados em toda a narrativa como a recém-instauração da República e abolição da escravatura.

O cenário da história é apaixonante e me faz amar ainda mais minha terra, Minas Gerais.

Resumo

O diário de uma menina esperta descortina um painel sobre as transformações que aconteceram no Brasil na passagem para o século XX. Uma prosa deliciosa e cativante. Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest.

Aclamado por escritores como Carlos Drummond de Andrade e João Guimarães Rosa, “Minha vida de menina” é o diário de uma garota de província do final do século XIX. Publicado pela primeira vez em 1942, antecipa a voga das histórias do cotidiano e dos relatos confessionais de adolescentes ao traçar um retrato vivo e bem-humorado da vida em Diamantina entre 1893 e 1895.

A pequena Helena Morley compõe um painel multicolorido, desabusado e quase sempre inconformista do Brasil. De lambuja, o leitor é apresentado às inquietações típicas de uma adolescente espevitada e esperta às vésperas de um novo século.





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Foto Regiane Silva Regiane Silva

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