Verity — Resenha

18 de maio de 2022 - Regiane Silva

Estante com vários livros e Verity em destaque

Livro: Verity

Autora: Collen Hoover

Editora: Galera

Publicado em 2018

Páginas: 319

Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: O amor é capaz de superar a pior das verdades?

Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história… E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série.

Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.

Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

Estante com vários livros e Verity em destaque com a última capa

Eu estava muito ansiosa para ler Verity. Amo livros em que as personagens são escritoras ou leitoras, isso sempre faz com que me identifique com elas. Então eu estava muito animada quando iniciei a leitura. Eu só não esperava que fosse ler tão rápido. Gastei dois dias, meio período de cada um, para terminar.

Era impossível parar de ler. Devo parabenizar Colleen Hoover por escrever de modo tão leve, que me prendeu na história e nem percebi as páginas ficando para trás.

Verity é um thriller, ou seja, tem mistério e em algumas partes deixa o leitor aflito. Confesso que determinada parte dele me deixou passando mal e indignada com a situação. Colleen foi muito fria ao conseguir escrever aquela cena (para quem leu, é a cena de Verity com a bebê Harper após o sonho com as filhas). Senti exatamente o que esta parte do livro falou: “O que você vai ler às vezes terá um gosto tão ruim que terá vontade de cuspir” (p. 64). Não diria que é um livro assustador, porque não é. No entanto, o meu lado macabro simpatizou com a possível vilã da história.

Ao iniciar a leitura, conheci Lowen, uma escritora que acabara de perder a mãe e está um pouco endividada. Ela é convidada para continuar uma série de livros famosa, já que a autora Verity está impossibilitada de escrever e a editora precisa lançar os livros.

Como sou uma autora, amei as partes em que o foco era o trabalho de Lowen nos livros. A maneira como ela escreve, seus pensamentos a respeito de sua história e o que ela pensava do trabalho da outra autora me fizeram gostar muito dela, já que muitas vezes eu entendia bem aqueles sentimentos.

“… duvidar de mim mesma é parte do processo de escrita. É parte de mim, na verdade.” (p. 46)

Jeremy, marido de Verity, fica encarregado de ajudar Lowen com as pesquisas sobre os livros. Então ele a convida para passar alguns dias em sua casa, onde ela poderá desbravar o escritório de Verity. E é aí que Lowen começa a descobrir coisas esquisitas naquela casa, principalmente após descobrir um manuscrito, uma autobiografia de Verity, na qual lemos a história do casal.

Lowen é aquela típica pessoa que tira conclusões precipitadas e cria seus julgamentos, mas devido ao clima sinistro daquela casa, se eu estivesse no lugar dela, pensaria igual.A casa tem um ar sombrio, muitas tragédias aconteceram com aquela família. A situação de Verity é esquisita e deixa Lowen amedrontada. E o manuscrito é bizarro.

Não dá para eu falar muito mais sobre o livro, senão vou dar spoilers, mas amei todo o suspense criado e a maneira como tudo terminou. Vi por aí alguns leitores falarem que o livro tem um final em aberto, deixando a interpretação ao leitor, e concordo com essa teoria. Eu sou time carta, quero muito acreditar que ela é verdadeira apenas para deixar a situação de Lowen bizarra. Sim, eu sou má.

No entanto, há pistas na história que quebram essa minha teoria, mas eu não me importo, continuo acreditando na carta.

Jeremy é um cara legal, legal demais. É impossível não duvidar dele, principalmente por ele ser aquele cara perfeito apesar de ter passado por tantas coisas terríveis, como as mortes das duas filhas.

Dou cinco estrelas para Verity por ter me feito ter dor de estômago de ansiedade para chegar logo ao final.

É o segundo livro de Colleen que leio, e já comprei o meu terceiro e não vejo a hora de ler.

E você, o que achou do final de Verity?

livro aberto em uma mesa
Livro aberto em uma mesa

“Eu não era simples. Eu era, na verdade, bem complicada. Um quebra-cabeça emocional desafiador…” (p. 26)

“… sou tão esquisita que é capaz de os leitores desistirem dos meus livros para sempre após me conhecerem pessoalmente.” (p. 29)

“Não gosto de entrar na cabeça dela.” (p. 61)

“Era como se a minha família estivesse dentro de um globo de neve. Lá dentro era tudo aconchegante e perfeito, mas eu não fazia parte. Eu estava do lado de fora, olhando.” (p. 178)

“Imagino que seria uma sensação boa. Alguém olhar nos meus olhos e dizer: ‘sua escrita é importante para mim, Lowen.’” (p. 193)

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Foto Regiane Silva Regiane Silva

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