
Os homens não se abalam com as coisas, mas com a percepção que têm das coisas. (p.16)
Recentemente, mergulhei na obra “A Arte de Viver”, de Epiteto, uma das figuras mais influentes do estoicismo. O livro, publicado pela Editora Camelot, traz o prefácio de Lúcia Helena Galvão Maya, que guia o leitor com sensibilidade pelas ideias centrais do filósofo. Aqui, compartilho algumas reflexões sobre o conteúdo e como ele pode transformar nossa percepção da vida.
Quem foi Epiteto?
Epiteto, nascido escravo na Roma Antiga, não deixou escritos próprios; suas lições foram registradas por seu discípulo Arriano. Suas ideias estão profundamente enraizadas na filosofia estoica, que enfatiza o autocontrole, a aceitação das circunstâncias e a busca da virtude como o verdadeiro caminho para a felicidade. Ele nos lembra que, embora não possamos controlar os eventos externos, somos plenamente responsáveis por nossas atitudes e escolhas.
O que “A Arte de Viver” nos ensina?
Não leve em consideração o que dizem de você, pois isso, afinal, não é da sua conta. (p.41)
O “Encheiridion” é um guia atemporal de autodomínio e sabedoria prática. Dividido em breves aforismos, o texto oferece lições claras e diretas, como:
Aceite o que não pode controlar: Epiteto sugere que sofremos não pelos acontecimentos em si, mas pela forma como reagimos a eles.
Cultive a virtude: A verdadeira liberdade vem de viver com retidão e honestidade, independentemente das circunstâncias.
Diferencie o essencial do superficial: Ele nos desafia a refletir sobre o que realmente importa, afastando-nos de desejos materiais e vaidades passageiras.
Outra pessoa não pode machucá-lo a menos que você queira. Você só poderá ser ferido quando consentir ser ferido. (p. 29)
O prefácio de Lúcia Helena Galvão Maya
O texto introdutório de Lúcia Helena Galvão é uma biografia a respeito do filósofo em questão. A professora contextualiza a vida de Epiteto e resume os pensamentos desse grande homem. Com uma linguagem acessível e cativante, Lúcia nos convida a olhar para dentro e assumir as rédeas de nossa jornada.
Minha experiência com o livro
Ler “A Arte de Viver” foi uma experiência interessante, pois foi meu primeiro contato com um livro de filosofia. A simplicidade das lições contrasta com a profundidade de seu impacto. A cada página, senti que estava dialogando com um mentor sábio e pragmático, alguém que entende os dilemas humanos e oferece conselhos genuínos para enfrentá-los. Em alguns momentos, o livro me lembrou de lições que podemos encontrar nos livros bíblicos Provérbios e Eclesiastes.
É uma obra bem curta, 43 páginas em português, e mais 37 com o conteúdo em inglês. Então é um livro rápido, mas também é interessante ler devagar, absorvendo os ensinamentos de Epiteto.
Por que ler “A Arte de Viver”?
Relevância atemporal: As lições de Epiteto são tão aplicáveis hoje quanto eram na Roma Antiga.
Clareza e objetividade: O estilo direto facilita a assimilação das ideias.
Inspiração prática: Mais do que filosofia, o livro é um manual para viver melhor.
Conclusão
Se você está em busca de sabedoria para enfrentar as incertezas da vida e encontrar paz interior, “A Arte de Viver” é um excelente ponto de partida. Esta obra nos lembra que a felicidade não é um destino, mas um estado de espírito construído com virtude, resiliência e propósito.
E você? Já leu algo de Epiteto ou se interessou por filosofia estoica? Compartilhe nos comentários! Vamos trocar ideias e reflexões.
Deixe um comentário para motivar a autora
Cancelar resposta?